Dakar 2013: Conheça os reis do deserto

Tudo começou em Lima, no Peru, dia 5 de janeiro. Foram 14 dias encarando as dificuldades do Deserto do Atacama, a Cordilheira dos Antes e até chuva. Depois de percorrerem 8.423km, dos quais 4.146km de trechos cronometrados, máquinas, competidores e equipes de apoio podem, finalmente, comemorar, pois chegar ao fim deste teste de resistência mental e físico chamado Rally Dakar já é uma vitória.
Quem tem motivos de sobra para comemorar é Cyril Despres. O francês venceu a prova entre as motos pela quinta vez, marcando cada vez mais seu nome entre os maiores pilotos da mais perigosa prova off-road do mundo. Cyril foi seguido de perto pelo português Ruben Faria e pelo chileno Chaleco Lopéz, resultado muito comemorado por seus compatriotas e por ele mesmo.
Além de vencer o pentacampeonato, Cyril Despres é um grande fã do Dakar e tem a exata noção do que significa esta conquista. “Claro que toda a vitória no Dakar é especial, mas esta tem um sabor especial, porque é a primeira vez que consigo vencer duas vezes seguidas. Este é um fato bem raro e ninguém conseguiu fazê-lo desde Fabrizio Meoni há dez anos. Antes de Meoni teve o Richard Sainct que venceu dois anos seguidos, mas há uma década ninguém conseguia”, comemorou.
Nos pesos pesados do rali, Eduard Nikolaev faturou seu primeiro título, com direitinho a pódio totalmente dominado pela equipe Kamaz. O russo terminou à frente dos seus companheiros Aryat Mardeev e Andrey Karginov.
“Tudo que eu me concentrei desde que chegamos à América do Sul foi em lutar minuto a minuto em cada quilômetro enquanto pilotava o caminhão. Depois de tudo isso, dias tão intensos, com a vitória é algo que não consigo nem colocar em palavras. É simplesmente incrível! Estou me sentindo nas nuvens”, garantiu Eduard.
O francês Setéphane Peterhansel assegurou o título de ‘Monsieur Dakar’ ao vencer o maior rali do mundo pela 11ª vez. Sim, são 11 triunfos para Peterhansel, seis nas motos e cinco nos carros. Com pouco mais de 40 minutos de desvantagem terminou Giniel De Villiers, que reconheceu o mérito de seu adversário.
“No geral, acho, honestamente, que Stéphane (Peterhansel) teve uma ótima prova, limpa e sem nenhum erro. Cometemos alguns erros e foi isso que nos tirou a vitória”, analisou o sul africano.
A única vitória de um sul americano veio nos quadriciclos. Marcos Patronelli venceu pela segunda vez com grande vantagem para o segundo colocado que terminou o Dakar a quase duas horas do argentino.
“Para mim, este Dakar foi como um sonho que se torna realidade. Tudo aconteceu perfeitamente desde o primeiro dia no Peru até a chegada no Chile”.

Fonte: http://360graus.terra.com.br/offroad/default.asp?did=34634&action=news